“O
QUE É UM SÍNODO?” A palavra sínodo vem da língua grega, que quer dizer caminhar
juntos, e que passou a indicar algumas reuniões da Igreja para discutir
assuntos relacionados à fé ou ação pastoral. O sínodo é uma pratica antiga, por
isso, todas as vezes que era preciso debater um assunto importante e de grande
interesse, os bispos se reuniam num mesmo lugar até se chegar a uma conclusão,
e a partir daí todos passavam a “caminhar juntos” na mesma decisão.
Um
sínodo pode ser realizado por uma diocese, ou de forma mais ampla, por uma
região, província ou pais. Mas foi a partir do Concilio Vaticano II que a prática
de realizar sínodos foi retomada, com um novo vigor, e por isso muitas
dioceses, em todo o mundo, começaram a fazer sínodos para traçar os rumos das
igrejas particulares.
O
sínodo é, na sua essência, uma expressão de comunhão e de fé, e a sua convocação
depende sempre do bispo diocesano. “Deste modo, o sínodo é, “no seu contexto e
de maneira inseparável, ato de governo episcopal e evento de comunhão,
exprimindo assim aquela índole de comunhão hierárquica que é própria da
natureza da Igreja”. O Povo de Deus, de fato, não é um agregado informe de
discípulos de Cristo, mas uma comunidade sacerdotal, organicamente estruturado
desde a origem, conforme a vontade do seu Fundador, presidido em cada diocese
pelo seu Bispo, que é o seu princípio visível e fundamento da unidade e seu
único representante.” (Instrução sobre os Sínodos Diocesanos)
“Por
que fazer um Sínodo?” Entre os objetivos do sínodo dois se destacam com mais
força: O primeiro objetivo do sínodo é a retomada da consciência eclesial.
“Temos uma alta porcentagem de católicos sem consciência de sua missão de ser
sal e fermento no mundo, com uma identidade cristã fraca e vulnerável.”
(Aparecida, 286). O segundo objetivo depende do primeiro, isto é, a renovação
da vida pastoral da Arquidiocese depende da retomada da consciência eclesial.
A
Arquidiocese de São Paulo tem uma história de compromisso e testemunho, mas é
preciso olhar adiante, e por isso “Os bispos, presbíteros, diáconos
permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir
uma atitude de permanente conversão pastoral, que envolve escutar com atenção e
discernir ‘o que o Espírito está dizendo às Igrejas’ (Ap 2,29) através dos
sinais dos tempos nos quais Deus se manifesta.” (Aparecida, 366).
Assim,
partindo desses dois primeiros objetivos será possível elaborar grandes
diretrizes para renovar a organização, a vida pastoral e missionária da
Arquidiocese, para responder aos desafios e urgências de hoje.
Dom
Devair Araújo da Fonseca Bispo Auxiliar de São Paulo
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Setembro de 2017
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval NevesResponsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
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