domingo, 3 de novembro de 2013

PALAVRA DO PÁROCO:

Belos exemplos

Neste mês, em especial dia dois, nosso coração terá uma forte lembrança cheia de saudade dos nossos entes queridos falecidos.  Hoje, gostaria sim é de trazer o bem que essas pessoas queridas deixaram em nossa vida. O quanto foi importante tudo que ganhamos com a convivência no dia a dia ao lado deles.

Esses nossos entes queridos souberam cativar os corações e essa marca ficou em nossos corações, deixando bons exemplos e testemunho de amor, humildade, honestidade e paciência. Suas presenças alegres e cheias de ternura permanecerão sempre viva em nós.

Aos entes queridos que souberam viver a vida com intensidade e gratidão e nós que tivemos a felicidade de fazer parte da vida deles, vamos aqui distribuir um pouco do muito que eles nos transmitiram.

Lá no céu onde vocês se encontram hoje, continuem intercedendo por nós, para que nunca falte o verdadeiro amor que precisamos que é Deus.

Com admiração, por tudo de bom que vocês construíram e ninguém via, nossa gratidão, rezando:

Senhor que perdoais os pecados e quereis a salvação de todos os homens: Por intercessão da Virgem Maria, de São José e de todos os Santos, dai a todos os que já partiram deste mundo, particularmente nossos pais, irmãos, parentes e benfeitores, a alegria da Bem Aventurança Eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

Frei Egisto Cansian, OAR.


Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Novembro 2013
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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FINADOS: CELEBRAÇÃO DA FÉ E DA ESPERANÇA

No dia 2 de novembro, celebramos de modo especial a memória dos nossos irmãos já falecidos, rogando a Deus por eles. A liturgia realça a ressurreição e a vida, tendo como referência a própria ressurreição de Cristo.

Embora sintamos a morte de alguém, acreditamos na vida eterna. Por isso Santo Agostinho nos recomenda: “Saudade sim, tristeza não.”.

ORIGEM - A lembrança dos falecidos sempre esteve presente nas celebrações da Igreja, com um momento especial na missa, desde início do cristianismo. Já no primeiro século, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitavam os túmulos dos mártires nas catacumbas para orar por eles. No século IV, já se encontra a memória dos mortos na celebração da missa. Desde o século V a Igreja dedica um dia por ano para fazer oração por todos os falecidos. Mais tarde, fixou-se o dia 2 de novembro como dia especial de oração pelos mortos.

SOLIDARIEDADE ESPIRITUAL - De acordo com a doutrina cristã, existe um estado de purificação, depois da morte, chamado Purgatório. “Os que morrem reconciliados com Deus, mas carregando faltas, misérias, dívidas espirituais por pecados cometidos, necessitam se purificar para que possam entrar no Reino de Deus, que é o reino da santidade perfeita. Rezamos pelos nossos mortos, pois a Igreja ensina que, pela solidariedade espiritual que existe entre os batizados, temos condições de oferecer preces, sacrifícios em sufrágio das almas do purgatório.” Por isso oferecemos orações e missas pelos falecidos.

SENTIDO DO DIA - Na piedade popular inspirada em nossa fé católica, o Dia de Finados é marcado por três características: é o dia da saudade, o dia de fazer memória, o dia de professar a fé na ressurreição. É dia da saudade, pois nos faz sentir a ausência de quem foi presença em nossas vidas; ao mesmo tempo que se sente a ausência, revive-se a presença. Mas a memória dos entes queridos que partiram é confortada pela nossa fé na ressurreição. Se a certeza da morte nos entristece, a promessa da ressurreição nos faz viver da esperança de que a morte não é o fim da vida, mas é a passagem de uma vida peregrinante por este mundo para a vida na pátria definitiva.

VIDA TRANSFORMADA - Para o cristão, a morte é o início de uma nova etapa. Embora a tristeza nos domine quando perdemos um ente querido, a esperança nos consola, pois, como rezamos na Liturgia, “para os que crêem, a vida não é tirada, mas transformada; e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.” A fé na ressurreição encoraja nosso viver e nos impulsiona à prática do bem, deixando-nos conduzir pelo Espírito Santo.

GARANTIA DE RESSURREIÇÃO - O Apóstolo Paulo nos ensina: “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dará vida também aos vossos corpos mortais.”

Para essa esperança, o próprio Deus nos deu a garantia ressuscitando o seu Filho Jesus. Se Deus ressuscitou a Ele, então nós temos a prova de que este Deus não deixa os mortos na morte. Se Deus ressuscitou Jesus, diz Paulo, então “Ele também ressuscitará a todos nós.” (1 Cor 6,14)

CHAMADOS À RESSURREIÇÃO - Na Profissão de Fé rezamos: Creio na ressurreição, creio na vida eterna. Que essa fé nos impulsione na caminhada até Deus, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo. Assim construiremos uma vida feliz que se realizará de forma plena e perfeita após a morte, quando seremos envolvidos pelo abraço amoroso de nosso Pai. Todos nós morremos, mas somos chamados à ressurreição por Cristo. Por isso o Dia de Finados é um convite a celebrarmos a vida e a esperança.



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Morte: oportunidade de encontro com Jesus

A morte como oportunidade de encontro com Cristo


Vou escrever sobre a morte a partir da minha experiência de ter perdido uma pessoa que muito amo nesta vida. Desde pequeno evitava falar na possibilidade de morrer, como se isso jamais aconteceria comigo.

Aos catorze anos de idade fiz a experiência de perder alguém que tanto amo: meu pai. Assistir alguém no seu último suspiro, e não poder fazer nada por esta pessoa, é algo indescritível.

Mais difícil ainda, foi ter que dar a noticia à minha mãe e consolar uma irmã de nove anos de idade e um irmão de dez. Hoje, percebo o quanto eu cresci e amadureci pela fé e oração, com essa experiência de ver alguém que tanto amo partir, sabendo que não o veria no dia seguinte.  

Porém, essa experiência mudou de forma positiva toda a minha vida. A morte do meu pai colocou-me diante de uma realidade nua, crua e dura, no qual experimentei toda a minha fragilidade, medo e questionamentos.

Perguntava-me o que era a morte? Porque temos que morrer? E aos poucos, fui percebendo que na verdade meu maior medo não era de morrer, porém, de viver! Passei a aceitar e compreender o que era a morte, somente no momento em que passei a aceitar e compreender a vida.

A vida é cheia de dúvidas, medos, angústias e enfermidades, e a única certeza absoluta que temos durante nossa caminhada nesta terra é que vamos morrer.

Deveríamos nos preocupar constantemente como estamos vivendo a nossa vida e qual o sentido e significado que dou a esse dom tão precioso recebido de Deus. Por isso, penso que deveríamos trocar o nosso medo da morte, pelo sorrir para a morte. Quando vivemos nossa vida com fé, esperança e amor em Cristo Jesus – caminho, verdade e vida, somos capazes de sorrir para a morte e fazermos nossa passagem em paz e ao mesmo tempo aceitar a passagem de nossos entes queridos.

Hoje tenho a oportunidade de acompanhar os velórios no cemitério da Lapa e celebrar com as famílias as exéquias nos domingos, pela manhã e pela tarde. Gosto de falar para as pessoas que perderam seus entes queridos que antes de celebrarmos a morte, devemos celebrar a vida. Então, podemos nos perguntar: o que a morte diz para nós? Ela é uma realidade que desperta em nós desespero ou esperança? Dúvida ou fé? Medo ou amor?

A morte sempre nos impressionará não por ela ser a morte de uma pessoa conhecida ou desconhecida nossa, mas pelo simples fato de que ela continuará a existir para a nossa realidade humana, podendo ser até um grande escândalo para a nossa realidade corporal, porém, não para a nossa realidade espiritual.

Hoje, compreendo melhor e posso afirmar isso para muitas pessoas: pelo fato de morrer, nós não saímos do caminho das pessoas que aqui ficam, somente passamos para o outro lado do caminho. Um caminho que já não é mais o caminho físico, porém, um caminho espiritual. Morremos para vivermos agora nos sentimentos e nos pensamentos das pessoas que aqui deixamos e que vamos encontrá-las em Cristo Jesus, na Vida Eterna, onde todos viverão para sempre.

Nossa vida é como uma pequena sementinha, que lançada na terra, crescerá, multiplicará e morrerá. Ignorar ou fingir que a morte não existe, é negar o autêntico valor da vida. O que mais deveria nos intrigar ou entristecer, é que depois da morte de uma pessoa, tudo entra de novo na rotina como se ela nem tivesses existido.

Para mim, o que há de teológico na morte é a esperança no Amor, e Deus para nós é a fonte inesgotável desse amor. A esperança faz-nos dizer sim a uma realidade já percebida de forma parcial, porém, não em plenitude ainda, porque ela faz despontar em meu coração o sentimento do amor. No amor há e sempre haverá uma perspectiva de esperança.


Frei Laércio da Cruz, OAR.


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AGENDA PAROQUIAL

NOVEMBRO DE 2013 - ANO DA FÉ

01
SEX
1ª sexta feira Hora Santa e Missa a partir das 18h00

02
SAB
Finados – Missas: Cemitério 15h00 e na Matriz: 18h00

03
DOM

 

04
SEG
Terço dos Homens às 20h00

09
SAB
“Ação entre Amigos”,  às 19h30

10
DOM
1ª Eucaristia  às 10h30
14
QUI
Preparação de Pais e Padrinhos às 20h00

15
SEX
Feriado – Proclamação da República

17
DOM
Crisma às 19h00

Confraternização às 12h00 Salão Frei Hilton

20
QUA
Feriado Dia Consciência Negra

22
SEX
Sta. Rita Missa e chá a partir das 15h00

23
SAB
Bazar Beneficente às 8h30

Reunião dos Coroinhas às 10h30

Reunião da LM às 15h00

24
DOM
Ordenação Diaconal dos Freis:
Clébson, Ricardo, Rodolfo e Sérgio Sambl, Agostinianos Recoletos,  às 10h30.

ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ

30
SAB
Bazar Beneficente às 8h30- Salão Santa Mônica.

FRASAR- confraternização no Salão Frei Hilton.




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ACONTECEU NA IGREJA - VATICANO E PAPA

“É PRECISO MUDAR ESTILO DE VIDA PARA ACABAR COM A FOME NO MUNDO”
(Papa Francisco).



“A fome e a desnutrição nunca podem ser consideradas como um fato normal que se deve acostumar, como se fosse parte do sistema. Algo tem que mudar em nós mesmos, em nossa mente, em nossas sociedades”, escreveu o papa Francisco em uma mensagem enviada ao diretor da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), José Graziano de Silva, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, celebrado no dia 16 de outubro, com o tema “Sistemas alimentares sustentáveis para a segurança alimentar e nutricional”.

Segundo o papa, “em um momento em que a globalização permite conhecer as situações de necessidade no mundo e multiplicar os intercâmbios e as relações, parece crescer a tendência ao individualismo e ao isolamento, o que leva a uma certa atitude de indiferença, tanto no âmbito pessoal, das instituições e dos estados, com relação a quem morre de fome ou sofre desnutrição, como se fosse um fato inelutável”.

Para Francisco, um passo importante é acabar com as barreiras do individualismo e do isolamento, da escravidão do lucro a todo custo, não somente na dinâmica das relações humanas, como também na dinâmica econômica e financeira global. 
“É necessário, hoje mais do que nunca, educar-nos na solidariedade, redescobrir o valor e o significado desta palavra tão incômoda e muito frequentemente deixada de lado, e fazer que se converta em atitude nas decisões políticas, econômicas e financeiras, nas relações entre as pessoas, povos e nações”, disse o pontífice.
Francisco acrescenta que a sociedade está longe de um mundo no qual todos possam viver com dignidade e que é preciso mudar o estilo de vida, incluindo a alimentação, que em tantas áreas do planeta é marcada pelo consumismo e desperdício de alimentos. De acordo com o papa, o fim de tais comportamentos reduziria “drasticamente o número de pessoas com fome”.




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ACONTECEU NA IGREJA - FLIPINAS: AÇÃO AGOSTINIANOS

TERREMOTO NAS FILIPINAS COM DEZENAS DE MORTOS E
DESTRUIÇÃO DO PATRIMÔNIO DOS AGOSTINIANOS RECOLETOS

No dia 15 de outubro, um terremoto de 7,2 graus na escala Richter sacudiu a ilha de Bohol, nas Filipinas, deixando atrás de si quase 200 mortos, 600 feridos, 600.000 famílias afetadas e grandes danos em infra-estruturas e patrimônio histórico.

Os Agostinianos Recoletos, desde 1606 presentes em Filipinas e históricos evangelizadores de Bohol, se mobilizaram para atender às vítimas com assistência e alojamento, e abrindo uma conta bancaria para constituir um fundo com a ajuda procedente de todo o mundo.

A Ordem como tal, desde sua sede central em Roma, abriu uma conta bancária para recolher recursos procedentes de todo o mundo para ajudar as vítimas. A própria Cúria Geral encabeçou a lista de contribuição com uma substanciosa quantia, e convida a todos os religiosos, fraternidades, simpatizantes e pessoas de boa vontade a enviar sua contribuição.

Os dados são os seguintes:

Iban     IT50X0200805134000101559404
Swift    UNCRITM1731
Titular  Cúria Generalizia. Fondo sociale.

O quinto terremoto mais forte da história do país

O terremoto teve seu epicentro localizado no centro da ilha de Bohol, na área turística de Chocolate Hills, e afetou a região de Visayas Central, especialmente as ilhas de Bohol, Cebú e Siquijor. Mais de 3,4 milhões de pessoas de sete cidades em três províncias distintas se viram afetadas pelo movimento telúrico, o mais intenso vivido pelas Filipinas nos últimos 20 anos.

Cerca de 110.000 pessoas tiveram que refugiar-se nos 90 abrigos para refugiados que se instalaram na área. O terremoto destruiu mais de 34.000 casas e causou danos na infra-estruturar da região, com 24 pontes submersas e 13 estradas obstruídas em Bohol, o que obviamente dificulta muitíssimo os trabalhos das equipes de resgate.

Ao todo 17 igrejas históricas ficaram prejudicadas. Muitas delas foram construídas pelos Agostinianos Recoletos e estavam registradas no elenco de patrimônio histórico de Filipinas.

Praticamente afundadas estão os templos de Loón, Dauis e Loboc, entre outros; e sofreram graves danos os de Lila, Loay, Maribojoc e Baclayón. Na cidade de Cebú, a basílica menor de Santo Niño, que data do século XVI e é considerado o monumento mais antigo da Igreja filipina, sofreu também graves danos.

Até o momento foram contabilizados 190 mortos, cifra ainda não definitiva enquanto os trabalhos de socorro não chegarem a todos os lugares.

Maiores informações, favor acessar o site oficial da Ordem dos Agostinianos Recoletos: www.agustinosrecoletos.com


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ACONTECEU NA IGREJA - CNBB

CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

ANIVERSÁRIO: CNBB - Celebra 61 anos de missão

Com o ideal de congregar os bispos da Igreja Católica no país, a instalação da CNBB aconteceu no dia 14 de outubro de 1952, em um momento histórico na vida do país e do mundo. De um lado, o governo de Getúlio Vargas. Do outro, as marcas latentes da 2ª Guerra Mundial. A primeira sede da Conferência dos Bispos foi a cidade do Rio de Janeiro, no palácio arquiepiscopal.

O presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, explica que a Conferência nasceu com o objetivo de promover a vivência da Colegialidade Episcopal. Ao longo de sua trajetória, tem buscado exercer suas atividades pastorais em favor dos fieis, na dinâmica da missão evangelizadora. “As conferências episcopais são sinônimos da colegialidade na Igreja que é mistério de Deus e vive na comunhão. Não uma comunhão na uniformidade, mas na diversidade de seus membros e nos dons que o Espírito Santo concede ao povo. Então, a medida que essa comunhão se fortalece, também é a missão da Igreja que avança. A Igreja é mistério, comunhão e missão”.

Criação da CNBB

A história da Conferência conta com personagens que contribuíram para concretização deste sonho. Um deles foi o jovem padre, Helder Câmara que, aos 27 anos, em 1936, foi transferido para o Rio de Janeiro com a incumbência de instalar o Secretariado Nacional da Ação Católica Brasileira, sendo a precursora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A proposta de criação da CNBB começou a ganhar vida a partir de 1950. Em dezembro daquele ano, monsenhor Helder Câmara teve o primeiro encontro privado com o monsenhor Giovanni Battista Montini, da secretaria de Estado do Vaticano e futuro papa Paulo VI. Na ocasião, padre Helder apresentou a ele o projeto da CNBB. Num curto período de tempo, entre a morte dos papas Pio XII e João 23, chegava ao Trono de Pedro, o papa Paulo VI. Em menos de três meses, após a eleição do pontífice, foi fundada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Passos decisivos, para a presente figura da CNBB, foram o Concílio Vaticano II e o Encontro Latino-americano de Medellín.


Sede em Brasília

A transferência da sede da CNBB para Brasília ocorreu em 1974. Durante a 14ª Assembleia Geral constitui-se uma comissão especial de três bispos para a execução da obra.

A inauguração da sede coincidiu com o Jubileu de Prata da CNBB, com a presença de 75 bispos, muitos sacerdotes, religiosas e leigos, aproximadamente 400 pessoas que participaram da Celebração Eucarística, no dia 15 de novembro de 1977.

Na ocasião, o papa Paulo VI enviou à Conferência, na pessoa de seu presidente, o cardeal Aloísio Lorscheider, uma saudação. “Que na mesma CNBB, ao promover-se Pastoral de Conjunto, se viva sempre a união na caridade fraterna da Igreja e Única compacta em torno ao Sucessor de Pedro”, disse na mensagem.



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ACONTECEU NA IGREJA: PAZ NA SÍRIA

Anunciada conferência para a Paz na Síria – dias 23 e 24 de Novembro em Genebra

Nos próximos dias 23 e 24 de Novembro terá lugar em Genebra uma conferência para a paz na Síria. Quem anunciou este importante acontecimento foi o vice-primeiro ministro da Siria Qadri Jamil (foto) durante uma visita a Moscovo, segundo noticia a Agência Misna.

Contudo, a oposição síria ainda não deu o seu consenso favorável a esta iniciativa e, nomeadamente, o Conselho Nacional Sírio, principal movimento da coligação oposicionista, já anunciou não ter a intenção de participar nesta conferência. Da mesma forma, muitos combatentes rebeldes recusam-se a negociar com o Presidente Bashar Al Assad que, por sua vez, se recusa a ter encontros com a oposição armada.

No terreno, está já a Organização para a Proibição das Armas Químicas que já verificou metade dos locais de armazenamento de armas químicas que fazem parte do arsenal de Damasco e destruiu material para a produção de armamento proibido em seis desses locais. Esta organização, que recebeu na semana passada o Prêmio Nobel da Paz, também está a controlar a destruição de munições de armamento químico.

Entretanto, a situação no país continua muito complicada tendo um grupo de rebeldes desferido um ataque à prisão central de Aleppo. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou ter sido este ataque conduzido por rebeldes jihadistas. A paz parece ser, assim, um objetivo de difícil conquista nos próximos tempos.

A paz na Síria e em todo o Médio Oriente é um desejo expresso do Papa Francisco, pela qual se tem batido, sobretudo através da grande jornada de oração pela paz do passado mês de setembro.

Recordemos as suas palavras na vigília de oração de sábado dia 7 na Praça de São Pedro, concretamente no momento em que se refere às guerras e violências entre irmãos, recordando as personagens bíblicas de Caim e Abel:


“…em toda a violência e em toda a guerra fazemos Caim renascer. Todos nós!”
“E ainda hoje” – disse o Papa Francisco - “prolongamos esta história de confronto entre irmãos, ainda hoje levantamos a mão contra quem é nosso irmão.”

O Santo Padre perguntou então se é possível percorrer outro caminho…Olhando para a Cruz temos a resposta. Ali não se respondeu à violência com a violência, não se respondeu à morte com a morte. “Nunca mais a guerra” recordou o Papa Francisco invocando Paulo VI e que acabe o barulho das armas.

O perdão e o diálogo são a linguagem que tem futuro, são a novidade que pode trazer a paz aos conflitos…

E o Santo Padre terminou a sua mensagem clamando por paz e reconciliação:

“Perdão, diálogo, reconciliação são as palavras da paz: na amada nação síria, no Médio Oriente, em todo o mundo! Rezemos pela reconciliação e pela paz, e tornemo-nos todos, em todos os ambientes, em homens e mulheres de reconciliação e de paz.” (RS).  [Rádio Vaticano).


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ACONTECEU NA ARQUIDIOCESE

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

Artigo do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer sobre o próximo Sínodo dos Bispos publicado no Jornal O São Paulo, Ed. 2974 - 15 a 21 de outubro de 2013.

Família e desafios para a evangelização - Sínodo Extraordinário

No dia 8, o papa Francisco anunciou a realização de uma Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, de 5 a 19 de outubro de 2014. Será a 3ª assembleia extraordinária, desde que o Sínodo dos Bispos foi criado por Paulo 6°, no final do Concílio, em 1965.

Já estava prevista para outubro de 2015 a próxima assembleia ordinária do Sínodo, na comemoração dos 50 anos da sua criação. Aquela assembleia jubilar que terá por tema a pessoa humana e a família, já foi definida pelo papa Francisco: “Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da pessoa humana e da família”.

A assembleia extraordinária terá como tema: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Os temas são semelhantes, mas o foco em 2014 serão os desafios pastorais para a evangelização relacionados com a família, enquanto em 2015 estarão em pauta as complexas questões antropológicas relacionadas com a pessoa e a família.

A escolha desse tema foi motivada pelos enormes desafios pastorais que interpelam hoje a missão evangelizadora da Igreja no campo da família; mas, sobretudo, porque a Igreja continua a colocar muito valor na família, núcleo vital para a pessoa, a sociedade e a própria comunidade eclesial. As crises que a família enfrenta têm consequências diretas na transmissão da vida, da cultura e da fé.

Por isso, é mais que oportuno esse renovado esforço para propor “Evangelho da família” no contexto dos desafios que a família enfrenta. A assembleia extraordinária do Sínodo terá o objetivo principal de promover uma ampla tomada de consciência sobre as várias questões e situações da família e que hoje interpelam a missão e a ação da Igreja.

Mesmo em ambientes cristãos, encontram-se cada vez mais casamentos desfeitos e refeitos; uniões “de fato”, sem nenhum compromisso formalmente assumido; há ainda as chamadas “famílias monoparentais”, de quem vive a paternidade ou a maternidade sem casamento, nem convivência com o pai ou a mãe dos seus filhos. Há ainda as situações dos filhos confiados aos avós, ou das “mães de aluguel”; a poligamia continua a ser aceita em vários povos e culturas; e há as uniões de pessoas do mesmo sexo, que pretendem ser reconhecidas como casal e, muitas vezes, também adotam filhos.

Em muitos lugares, propaga-se uma cultura anticasamento, antifamília e antinatalidade, que diminuiu drasticamente; enquanto isso, sobretudo no Ocidente, aumenta o número de idosos. Tudo isso justifica bem que a Igreja volte uma renovada e especial atenção à família, partindo da sua convicção de fé e da sua antropologia.

Internamente, a Igreja se vê diante da situação dolorosa de muitos casais que, depois do fracasso do seu casamento, vivem uma nova união, mas, em consequência disso, não podem ter participação plena nos sacramentos.

Mas também se depara diante de casamentos celebrados sem fé e sem a consciência do significado do casamento, nem do compromisso assumido.

Há, ainda, a necessidade de mais ampla assistência pastoral e jurídica para as situações de nulidade matrimonial, de maneira que possam ser beneficiados os casais diretamente interessados.

Ao mesmo tempo em que a Igreja, a exemplo de Jesus Cristo, precisa ter para com todos uma atitude de acolhida e de misericórdia, ela não pode deixar de fazer um discernimento sobre o desígnio de Deus em relação ao homem e à mulher e sobre o casamento e a família, para proclamar esse desígnio salvador e chamar as pessoas a acolhê-lo como via justa para o seu viver.

As duas assembleias anunciadas do Sínodo dos Bispos terão muito trabalho pela frente! E, assim queira Deus, trarão muitos frutos também.

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo


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